domingo, abril 26, 2009

Aprendizagem






Refletindo sobre o processo de Aprendizagem pelo qual qualquer pessoa passa durante toda sua vida não pude deixar de lembrar do espaço mais corriqueiro, conhecido por todos nós, o espaço formal, a escola. Dificilmente quando se pergunta sobre aprendizagem alguém menciona outro cenário senão este. Porém, vale lembrar que atualmente existem inúmeros programas, ferramentas e segmentos fazendo aprendizagem, construindo educação. Por isto, escolhi o computador como aprendizagem mais significativa em minha vida nos útimos tempos. Faz sentido não? É ali que tenho encontrado respostas para minhas dúvidas, espaço para minhas trocas... E é assim que deve ser, para conquistarmos uma educação produtiva. Esta deve antes de mais nada proporcionar cooperação, diálogo, amor e desejo de aprender entre o educando e o educador.

Sempre lembrando é claro, que a educação necessita ser também libertária para voar e seguir rumos diferentes, como nos ensina Paulo Freire.

Aproveito a oportunidade e chamo atenção novamente para a primeira aprendizagem que temos em nossa vida, a aprendizagem da família. Aquela que aprendemos em nossa casa, nosso primeiro convívio social! Penso estar aí a maior responsabilidade da educação de uma criança. E é justamente neste ambiente que estão os melhores e piores educadores. é aí, que a criança vai fazer a sua base, vai tomar como partida para a sua vida e aí também voltará e terá como referência para muitas de suas ações.

Por isso, não podemos esquecer a nossa parte em transformar algumas apendiazgens que não são adequadas e aproveitar outras tantas que podem nos fortalecer e estabelecer este primeiro contato com mais entrosamento. Lembrando sempre que que a educação para ter sentido precisa estar intimamente ligada ao seu processo de existência, a sua vida!

terça-feira, abril 21, 2009

A difícil inclusão




Assim como já havia mencionado em outras postagens, acredito que a inclusão de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência é indispensável para o desenvolvimento e ascensão social no que diz respeito á cidadania. Mas ontem, conversando com uma aluna " Graziele" , cadeirante em minha escola, comecei a preocupar-me em até que ponto a maior dificuldade deste processo seja o preconceito, pois que dificuldade alcançar, conseguir, os recursos mínimos para se ter uma educação de qualidade. O maior problema pela sua visão já não seria mais o preconceito, e sima falçta de investimento, em instalações,equipamentos e materiais adequadose principalmente na formação de profissionais realmente qualificados para trabalhar de maneira condizente com a snecessidades. Em minha escoal acredito que o exemplo de inclusão seja o mais comum entre as escolas, aquele do faz de conta. Onde uns fazem de conta que aceitam esta inclusão, mas nada fazem para melhor atender estas pessoas. Isto porque o governo não tem reais interesses em investir, em gastar, em proporcionar um curso sequer aos educadores que trabalharão com estes alunos, ou oferecer profissionais que trabalhem paralelamente á estes, ou ainda, contratar mais professores para diminuir a quandtidade de alunos em sala de aula. Aí, os resultados obtidos são muito diferentes dos esperados, pois a produtividade é insuficiente, algumas vezes prejudiciais ao resto da turma, acontecem discriminações e tantas outras situações que temos conhecimento. Sem contar é claro a situação do professor que fica cada vez mais dependentes de medicamentos para suportar tamanha pressão e responsabilidade.

Será que o caminho é este?

Quem será que estamos incluindo?

Será que não estamos excluindo a aprendizagem?

Abaraços á todos!

domingo, abril 19, 2009

Dia do Índio




Aproveito a data em questão e deixo como sugestão o filme Terra Vermelha

Assisti e gostei muito, até escolhi este para trabalhar com meus alunos neste ano. O bacana deste filme é que fala de índios Kaiowás brasileiros. Inclusive eles mesmos se represntaram no filme.

A história se passa no Mato Grosso do Sul onde os índios tentam preservar a sua terra; mas trazem um diferencial, tratam dos vários problemas enfrentados hoje em dia pelos índios, como o alcoolismo e o suicídio.

Outro aspecto relevante é que não trata das mesmas variantes de sempre indios bonzinhosx brancos malvados. Este filme procura mostrar muito mais; a complexidade da situação sendo que de um ou outro ponto de vista todos tem a sua razão.

Li algo que traduz muito bem o filme:

" A relação de um com a Terra é de apropriação, a do outro é visceral."

sexta-feira, abril 17, 2009

Entre os muros da escola



Fui assistir ao filme Entre os Muros da Escola que ganhou a Palma de ouro em Cannes na estréia, mas ontem, resolvi assistir novamente, pois na data anterior eu havia ido com outras pessoas e não me detive como gostaria.

Sem dúvida estamos falando de uma nova referência no que diz respeito á discussões ligadas á educação. É impressionante como o filme que narra uma história referente á realidade de um outro país se assemelhe tanto com a nossa realidade.A disciplina, a autoridade, o desinteresse pelas aulas, a troca de insultos ocorridas dentro da sala de aula, as agressões, enfim, tudo que cerca o nosso dia dia. Achei que o filme nós dá subsídios para uma discussão construtiva neste tempo em que a educação está em evidência, além é claro de mostrar um pouco a nossa realidade que até então é pouco conhecida pela sociedade em geral.

Vendo o filme, lembrei de meus alunos atuais e antigos e não pude deixar de encontrar muita semelhança entre eles e suas atitudes. Até porque os personagens apresentados são característicoa das nossas escolas:

A turma dos bagunceiros, os problemas disciplinares, entre tantos. Quando será que iremos perceber e cobrar a imposição de limites?

Este é o grande mal da educação, a falta de limites ou até a distorção destes. Os jovens e as crianças estão sem referência, sem saber o que pode ou não pode. A cultura da permissividade fez com que tudo fosse normal, inclusive agredir pais, professores e por que não colegas?

Tudo parecia que iria transcorrer bem com o professor em questão, uma vez que este aplica a educação voltada para a realidade dos alunos, partindo desta para abrir as portas da curiosidade e assim valorizar todo e qualquer conhecimento adquirido, formulado ou previamente trazido.

Hoje assim como na escola em debate, não podemos mais nos contentarmos em apenas transmitir os conteúdos, mas sim,oferecer aos nossos alunos ferramentas necessárias para que cada aluno encontre o seu lugar na sociedade. Não podemos mais compactuar com a permissividade dos pais que ja´não conseguem colocar freios nas suas crianças. Isto tudo é claro sem adotarmos o autoritarismo pois só assim, resolveremos os problemas ao menos dentro dos muros da escola.

quarta-feira, abril 15, 2009


Hoje fui até a sala onde estuda uma de nossas alunas que é cadeirante e fiquei observando-a enquanto realizava as suas atividades. Fazia tudo com muita normalidade e parecia não ter problema algum, até o momento de ir ao refeitório. Neste momento, todos sairam e ela ficou só, pareceu nem perceber esta situação, até puxou conversa comigo e gritou para uma colega:
-Não esquece de trazaer para mim!
Aí, percebi, não a necessidade especial dela, mas sim a nossa, como educadores. Esta seria a hora de adaptarmos a escola ou mudarmos a realidade desta turma, pois este momento de união dos alunos, de troca, de ficar mais á vontade deveria ser partilhado por ela também,mas apenas contenta-se com um prato na própria sala, comendo sozinha enquanto os outros dão risadas e fazem a maior algazarra no refeitório.
Como está ainda "verde" na escola, na sociedade em geral, assimilar as diferençasentre as pessoas.A distinção entre o normal e o diferente.
Há muitos anos esta diferença já foi até motivo de extermínio, como vimos na Segunda Guerra Mundial, onde as pessoas com necessidades especiais eram exterminadas pela prática cruel dos nazistas, Hoje, ainda acontece esta discriminação ou derscaso, e o pioir é que acabamos achando normal quando uma aluna fica sozinha comendo, separada da turma, por não ter condições físicas de ir até o local, ou quando, uma criança não é aceita na escola por apresentar diferança em relação aos demais.
Sabemos que todos tem direito á condição digna de vida e os mesmos direitos; mas na prática...
Acredito que nosso problema será resolvido quando tivermos a percepção dos contextos de aprendizagem, respeitando as individualidades de todos, desde muito cedo. E isso, cabe á nos, professores do Ensino Fundamental; pois se aprendermos nessa fase a conviver e respeitar as diferenças, aprenderemos a vivermos em harmonia e alegria.
Eu, depois da situação, convidei-a a sair no pátio e ficar com os demais colegas que aguardavam os outros.

terça-feira, abril 14, 2009

Discriminação





O negro tem a pele escura;

Por isso não tem vez

Mas o que importa na sua vida é o caráter que ele tem.


O branco tem a pele clara;

Por isso sempre tem vez

Por que não unir os dois

Para acabar com o preconceito de vez?


Vamos ser humanos

Vamos ser irmãos

Para podermos viver em plena união.


O preconceito existe;

Não é apenas racial

Quem pratica o preconceito

Pode se comparar ao animal irracional.


Rodrigo Fidelis dos Santos


Depois de observar nesses nove anos de magistério a relação entre alunos negros e a comunidade escolar em geral, pude constatar a triste realidade que ainda em muitas situações os alunos negros não recebem o mesmo tratamento por parte de seus colegas e educadores. Os alunos negros acabam se sentindo inferiorizados, chegando até a pensar que não tem o mesmo valor do que as demais crianças brancas. Acho que é por isso que é tão raro vermos esse assunto ser desenvolvido em sala de aula.

Em minha escola não é muito diferente, e pelo que eu pude constatar em minha pesquisa com os alunos sobre as etnias encontradas em nossa escola, a maioria dos alunos repetentes, com problemas de comportamento e notas baixas são de origem negra. Isso tudo devido á sua baixo auto estima.

No ano passado, por sugestão do professor Vilnei ( Língua portuguesa), realizamos a semana Afro, onde se exibiram filmes, foram realizadas entrevistas e curiosidades culturais. Esse ano o projeto deverá acontecer novamente devido a grande mobilização que causou, mas desta vez mais elaborado e com mais atividades. Aproveito para deixar meu Blog aberto á sugestões. Serão bem vindas!

Acredito que este tipo de trabalho só tem a acrescentar, pois quando conhecemos nossas raízes, temos mais segurança em nossas vidas e também mais orgulho de sermos quem somos.

domingo, abril 05, 2009

Concluindo o pensamento...

Hoje ao acordar fiquei pensando em como é possível oferecer uma educação de qualidade para pessoas com necessidades especiais, sem que a escola tenha autonomia para realizar o que é prioritário à adaptação do prédio da escola para que facilite o acesso á qualquer educando. Penso que temos que tirar da cabeça esta idéia de realizar a inclusão, a integração destes alunos, e partir para o pensamento de que devemos ter sim uma inclusão, mas com QUALIDADE.
Apesar da deficiência, todas são crianças e devem participar de uma pedagogia capaz de educar independentemente de suas necessidades, cor, credo...
A escola tem um papel muito importante na vida destes educandos inclusos, pois é aí que ocorre a adaptação ao mundo, diferente da escola especial que tentava de todas as formas reduzir os obstáculos. É, ao meu ver o primeiro contato com a sociedade, até porque, no mundo não haverá como separá-los dos demais, então não vejo motivos para a escola fazer isto. Sem contar que para os demais alunos tidos como normais é um conhecimento e vivência ímpar. Sendo assim, apesar de todas as dificuldades, acredito que só temos á ganhar com este processo.
Um grande abraço á todos e até!

sábado, abril 04, 2009

Inclusão na escola por quê não?


É impressionante cono ainda existe uma grande oposição de muitos professores em relação à inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino regular.
Até entendo que muitos assim como eu se sintam despreparados, tendo medo de assumir este novo e grande desafio, mas daí tui renegar uma criança por causa de sua ´deficiência é cruel demais.
Em minha escola temos um aluno chamado " Pedro", este é cadeirante e é muito discriminado por parte de muitos na escola pela sua situação. Ele tem mais irmãos que estudam com ele e isto faz com que os outros dois não tenham recreio nem sossego durante o período em que estão na escola. Nossa escola não é adaptada para receber cadeirantes, então tudo para ele é mais difícil. A professora chama os irmãos para levá-lo ao banheiro, para buscar o lanche no refeitório, para ficar com ele no recreio... O pior é que se tem alguma atividade no vídeo este fica de fora. Acho que falta um pouco de vontade das pessoas que poderiam contribuir.
Acredito como muitas de nós educadoras, que não basta apenas a inclusão, é necessário medidas sócio educativas,, apoio aos docentes, sem mencionar ainda a parceria com os profissionais que tanto podem auxiliar neste processo. O que vemos hoje em dia é acontecimentos como na minha escola- matriculam os alunos, apenas para dizer que aquela escola é inclusiva, mas a garantia das condições de aprendizagem e progressos mínimos para no futuro cada aluno destes ser um cidadão com direitos garantidos passa longe da realidade.
Espero que agora tendo todo este embasamento teórico nesta cadeira do PEAD, eu possa contribuir com estes alunos e com a minha escola para o sucesso deste novo desafio!