quarta-feira, abril 15, 2009


Hoje fui até a sala onde estuda uma de nossas alunas que é cadeirante e fiquei observando-a enquanto realizava as suas atividades. Fazia tudo com muita normalidade e parecia não ter problema algum, até o momento de ir ao refeitório. Neste momento, todos sairam e ela ficou só, pareceu nem perceber esta situação, até puxou conversa comigo e gritou para uma colega:
-Não esquece de trazaer para mim!
Aí, percebi, não a necessidade especial dela, mas sim a nossa, como educadores. Esta seria a hora de adaptarmos a escola ou mudarmos a realidade desta turma, pois este momento de união dos alunos, de troca, de ficar mais á vontade deveria ser partilhado por ela também,mas apenas contenta-se com um prato na própria sala, comendo sozinha enquanto os outros dão risadas e fazem a maior algazarra no refeitório.
Como está ainda "verde" na escola, na sociedade em geral, assimilar as diferençasentre as pessoas.A distinção entre o normal e o diferente.
Há muitos anos esta diferença já foi até motivo de extermínio, como vimos na Segunda Guerra Mundial, onde as pessoas com necessidades especiais eram exterminadas pela prática cruel dos nazistas, Hoje, ainda acontece esta discriminação ou derscaso, e o pioir é que acabamos achando normal quando uma aluna fica sozinha comendo, separada da turma, por não ter condições físicas de ir até o local, ou quando, uma criança não é aceita na escola por apresentar diferança em relação aos demais.
Sabemos que todos tem direito á condição digna de vida e os mesmos direitos; mas na prática...
Acredito que nosso problema será resolvido quando tivermos a percepção dos contextos de aprendizagem, respeitando as individualidades de todos, desde muito cedo. E isso, cabe á nos, professores do Ensino Fundamental; pois se aprendermos nessa fase a conviver e respeitar as diferenças, aprenderemos a vivermos em harmonia e alegria.
Eu, depois da situação, convidei-a a sair no pátio e ficar com os demais colegas que aguardavam os outros.

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