quarta-feira, abril 07, 2010

Construção ou desconstrução?

Hoje finalmente acabou o período de capacitação Inicial para o Programa Acelera Brasil da Instituição Ayrton Senna que eu estava participando na 28 CRE em Gravataí.
Por este motivo, estava fora da sala de aula, totalmente sem contato com meus alunos do primeiro ano. Neste período, enquanto planejava percebi mais uma vez, a importância deste processo de trabalho que estamos colocando em prática com as nossas turmas depois do que aprendemos no EAD da UFRGS, e, o seu diferencial em relação aos demais.
Parece que após aprender a trabalhar com arquiteturas, principalmente PAs e questões fica impossível desenvolver qualquer trabalho sem dar a oportunidade de nossos alunos confrontarem suas idéias com as dos colegas, professor,e oferecer e receber informações. Essa troca é algo essencial, que leva o avanço na aprendizagem, contudo que seja bem planejada e aplicada. É essencial conhecer quanto os alunos já sabem sobre o desafio que esta sendo proposto ou que tenha surgido. O sucesso do trabalho depende do que é proposto, do quanto é desafiador, para que a turma use tudo que sabe para sua resolução e busque descobrir o que ainda não sabe ou comprovar aquilo que suspeita.
Esta turma em que estou trabalhando agora, tem grupos muito diferentes, com vivências totalmente opostas e isto, acho eu, está me dando um leque imenso de suposições, aproveitamento, pesquisas, discussões e por sua vez muito prazer em trabalhar. Claro que sendo assim, um grupo tão hetereogêneo, minhas intervençoes tem que ser mediadoras, mais cuidadosas e sempre na busca em estabelecer novas relações, afinal, mais do que identificar os problemas e soluções que estão aparecendo em nosso trabalho na escrita, quero conhecer as diversas maneiras de lidar com eles, sendo um deles desenvolvermos a pesquisa em relação a história da escrita.
Tentei e estou tentando fazer uma realção direta entre as estratégias escolhidas por mim e o aprendizado real. Para isso, tenho que ter um olhar atento para as mudanças necessárias em meu planejamento, pois dependendo da observação e intervenção que eu realizar, mudará os objetivos da alfabetização que ocorrerá.
Nas escolas geralmente não se trabalha com problemas e isto é uma perda horrível para qualquer criança que chega cheia de curiosidades, de perguntas, que ao longo do tempo vão sendo eliminadas, mas não saciadas. Escolhi as questões por este motivo.Ela proporciona que meus alunos relacionem o que vêem, o que sabem, o que querem saber. Este novo conjunto de situações escolhidas por mim para promover o ensino deve dar uma relativa confiança á eles, uma vez que estaremos trabalhando algo que querem aprender e ao mesmo tempo levam á uma sensação de ruptura, uma vez que colocam a prova as suas certezas e dúvidas. Construindo conhecimento e desconstruindo ou fortalecendo novos conhecimentos.
Até a próxima!

Um comentário:

mauranunes.com disse...

Ótima reflexão Cris! Estás demonstrando teu envolvimento com o trabalho, tua observação cuidadosa junto à turminha para, como bem falas, antes de verificar problemas, perceber sim possibilidades...de trabalho, de relações e construções. Vamos lá! Bjs, Maura - tutora do SI