terça-feira, novembro 02, 2010

Eixo 6

Neste eixo tivemos que realizar uma atividade em relação ao filme francês “Entre os muros da escola”, vencedor do festival de Cannes. É um filme longa metragem, que mostra o idealista professor François em sua prática pedagógica.
O filme apresentava situações como as vivenciadas aqui no Brasil, existem barreiras invisíveis que dividem as diversas culturas e pessoas que fazem parte deste ambiente escolar assim como seus conflitos.
Neste filme vimos a presença de situações vividas por estudantes e professores em um período de um ano letivo, onde podemos acompanhar mais minuciosamente como se procede este método de ensino-aprendizagem, e como cada parte se comporta e posiciona frente á isto.
Nesta época em que assisti ao filme com minhas colegas, tinha tido uma visão diferente do que a de hoje, quando me enchi de curiosidade sobre o que eu havia escrita e fui assisti-lo novamente. Num primeiro momento havia tido a impressão
do professor em questão ser investigador, conduzindo seus questionamentos, partindo das oportunidades surgidas em sala de aula, assim como partindo do interesse da turma e de suas necessidades. Uma visão totalmente contraditória com a que tive hoje
Acredito que este olhar mais atualizado seja o que descreveria melhor este professor:
Totalmente intolerante para os questionamentos dos alunos e limitado apenas no seu planejamento ignorando toda e qualquer contribuição trazida pelos seus alunos. Já os alunos, não são diferentes dos demais jovens de suas idades; até porque para eles, a vida é paixão, sentimento, emoção, entusiasmo, movimento. Poucos são os limites para sua imaginação, sua vontade de conhecer. Tudo querem ver, experimentar, sentir, com total liberdade. Sua vida é um todo, onde se entrelaçam o intelectual e o emocional, o pensar e o fazer. Estão inteiros em cada coisa que fazem.
A verdade, é que existe uma separação entre a escola e o mundo exterior. Ainda que o conteúdo dessas duas realidades seja o mesmo, as formas de percebê-lo e vivê-lo são muito diferentes. Enquanto em nossa vida cotidiana os conhecimentos se manifestam de maneira assistemática, espontânea, na escola eles são sempre sistematizados. Aí a cobrança dos alunos quanto à metodologia utilizada pelo professor, onde cobrava conteúdos, quantidades, material escrito; a prática que geralmente estão acostumados.
Para que aconteça aprendizagem é necessário que os conhecimentos resolverem problemas, se forem úteis, se tiverem sido transformadores do conhecimento para quem aprende.
Nós, professores, nos deparamos inúmeras vezes com esta situação; onde temos em uma mesma sala, alunos com realidades e vivência tão diferentes que nem parecem estar no mesmo país, inclusive na mesma sala de aula, onde é reproduzida parte dos ressentimentos raciais e sociais.
A disciplina de Psicologia II nos trouxe muitos estudos sobre as crianças; como pensam, aprendem, as etapas pelas quais passam... Mas dentre tantasuma das mais significativas para mim e que estou inclusive utilizando em meu TCC foi tentar identificar e justificar o estádio de desenvolvimento da criança a partir do significado das respostas. Para isso, tivemos que registrar e aplicar com alguma criança de nossa escolha utilizando um roteiro previamente estudado. Para justificar o estádio de desenvolvimento da criança, utilizamos o material passado pela professora, juntamente com o estudo do método clínico piagetiano. Com todo este conhecimento, pudemos tratar nosso aluno com mais especificidade e dando um auxílio maior e de melhor qualidade por respeitar as suas características e estádios em que se encontram.
Na interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, conhecemos um pouco das leis Políticas Públicas Brasileiras em Educação Especial e o Projeto Político - Pedagógico da Educação Inclusiva. Para tanto, estudamos os principais documentos correspondentes: Constituição Federal de 1988, LDBEN.9394 de 1996, Resolução CNE/CEB no. 2 de 2001 e Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. Pude refletir um pouco mais sobre a inclusão que está acontecendo nas escolas e sobre a exclusão que muitas destas crianças passam nesta tentativa de inclusão. Em minha escola a única inclusão é de uma cadeirante e de um menino com a visão muito prejudicada 95%, mas nenhum em minha turma. Mesmo assim, sei as dificuldades que eles passam e as necessidades que eles tem.
Na disciplina de Questões Étnicos Raciais na educação, pudemos tratar com mais atenção as diferenças que compõem os grupos familiares e os grupos de convivência. Pudemos ser sensibilizadas, a partir das trajetórias memoriais de identidade étnica e estudos sobre identidade, para o desenvolvimento da identidade racial e cultural dos afro- brasileiros. Identificamos e refletimos sobre a importância da história na formação identitária negra no Brasil. Conhecemos as dimensões da expressão afro-cultural negra , no sentido de qualificar o ensino-aprendizagem do aluno afro- descendente.


Um comentário:

Colégio Érico Veríssimo disse...

Oi Cristina!
Ótima retomada de reflexões! Isto demonstra que estamos em um processo contínuo de mudanças, não é mesmo?

Será necessário que a postagem englobe as outras inters desenvolvidas no eixo citado e que possas trazer evidências da tua prática frente às mudanças citadas, ok?

Abraços,
Vanessa